O governo checo aprovou, dia 11, um projecto de lei que impõe a elevação da idade de reforma para os 65 anos. Actualmente, as mulheres podem reformar-se aos 60 anos e os homens aos 62 anos, o que já representa um agravamento face às condições vigentes durante o período socialista. Nessa altura, as mulheres podiam aposentar-se aos 53 anos, variando a idade dos homens consoante a dureza das profissões.
Para já o projecto não conta com o apoio dos partidos da oposição, designadamente dos sociais-democratas que criticam precisamente o facto de o Governo liberal não prever as aposentações antecipadas em sectores de alto desgaste físico como a extracção mineira ou a metalurgia.
Por outro lado, opõem-se ainda ao chamado opt-out que permite o desvio de contribuições para o sector privado, pondo em causa a viabilidade do sistema público.
O governo, que pretende aplicar plenamente o novo regime a partir de 2031, propõe-se igualmente prolongar o tempo de contribuições dos actuais 25 para 35 anos, justificando a redução de direitos com o envelhecimento da população e o aumento do número de reformados.